domingo, 8 de junho de 2008

OS DOPADOS

Levantar e seguir mais um dia, impensado, não desejado, se quer se tocado sobre o dia que viria em diante. Isuportável obrigação a se fazer imposta pelo mundo em que vive, dormir, acordar, comer cagar, estudar trabalhar, viver e morrer.
Levanta e sobrevive a mais um dia selvagem na sociedade, pessoas indisposta a lhe acolher, dispostas a lhe explorar, estrupar sua boa vontade, sugar sua felicidade sólida. Correr das coisas que lhe perseguem, descansar ao sabor do elixir da sexta-feira.
Conversar, beber e dormir; e xingar, matar, e sorrir. Mais um dia se passa, na cidade selvagem.

Dopados até a ultima unha do pé, nos deixamos passar por nossos dedos adormecidos, a chance de viver, pois sempre adormecemos, e sempre levantamos, sempre esquecendo de antes acordar.

Vivemos nossas vidas como zumbis, que nos trombamos a rua, nos devoramos por nossos instintos, irracionais como plantas, consumimos nosso próprio lar sem nem ao menos o concertar.
Espero que um dia saibamos viver, e prosperar.

Sociedade dopada que não enxerga muito além da própria unha do pé sobre o carpete...

mas chega de papo que vou me retirar, minha cerveja que restou da sexta feira me aguarda lá na geladeira...