domingo, 28 de março de 2010

AQUELE URSO

Aquele urso, que na verdade é uma ursa, ganhado de longa data está ainda em seu quarto fazendo companhia nas noites de sono.
Com tempo ela ganhou companherinhos, companherimos mesmo pois ela era uma ursona, e tambem acabou por se tornar algo como mãe dos novos bixinhos do seu habitat.
Para mim ela sempre teve uma cara sapeca mostrando uma "língua", apesar dela sempre falar que a ursa estava fazendo "beicinho". As vezes contrariava por causar um ambiente de descontracção.

Mas teve o dia quando os olhos se esquivavam, querendo esvair do seu foco, percebi então a real triste face da ursona e seu "beicinho", realmente, ela fazia beiço, e não conseguia mais ver aquela ursona sapeca de "linguinha de fora".



talvez ela realmente continue tendo sua cara de sapeca com o "beicinho", eu que não consigo mais ver...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

DOIS MIL E QUANDO?


"Verdade ou Mentira, Fato ou Ficção,”

Dizem por ao que o fim está próximo, que vai ser através de fenômenos naturais potencializados pelos poluentes emitidos de modo selvagem pela civilização humana, bom, se falam tão mau assim, não se devem combinar as palavras civilização e humana para não equivocá-la.

Acreditamos sem querer acreditar, fica o medinho de que algo acontece, mas “sabemos” que nada acontecerá, a não ser que realmente aconteça. Hipocrisia não? Acho que essa é a palavra do momento, talvez não do momento, mas da nossa raça.

Acreditamos mas não acreditamos, temos Fé, porém temos medo, somo inteligentes porém nada espertos, ou vice versa.

O Mundo não vai acabar em 2012, ele acabou a partir do momento em que deixamos de nos importar com ele...

sábado, 12 de dezembro de 2009

COGUMELOS

Faces expostas não condizentes as propostas, diferentes na essência, maldito silencio que a esconde.

Por trás de uma arvore, o vulto sempre presente porém visto somente como fenômeno racional da condição proposta pela luz.

O perigo ronda, cerca e sufoca e nunca é percebido, pois o medo, quem rege as boas e as más ações, cega.

domingo, 15 de março de 2009

14 - Mar - 2009

Não um dia memoriável, nada de bom acontece, de importante sim.
Post nada digno de uma imagem, somente de um suspiro, e não de alívio, de medo.
As ocasiões mais surreais dos surreais.
O inimaginável, que já poderíamos prever.

Empty... how today Will be …

terça-feira, 19 de agosto de 2008

PENSAMENTOS DE UM GRITO MUDO


Quatro horas da madrugada, nunca imaginei sair para encontrar amigos a esta hora, porém um em especial .Madrugada que apesar dos apresares se era livre para rir, e zombar um aos outros mais uma vez, como de costume.

Uma pose para foto, um aperto de mão, um abraço e mais palavras de bons votos, e mais um instante ele e sua bagagem somem .Pelo vidro tudo que pudemos ver foi aquele que o leva para uma nova vida, longe daqui, quem sabe mais perto de tudo.

Um momento de silêncio, as reflexões os flash backs, a ficha caindo... ...um amigo de mais de uma década esta indo para longe, longe o suficiente para onde não podemos visita-lo.

Um instante a mais e aquele que o leva some na escuridão dos céus por tempo indeterminado, antes mesmo de um aperto de mão, um abraço ou qualquer outra palavra...


"Nos despedimos daqueles que vão, que ficaremos sem um bom tempo sem vê-los, porém não fazemos festa para aqueles que ficam e não vemos da mesma forma" – disse a minha namorada, eu acrescento – e nem mesmo para aqueles que vemos.


-A escuridão da noite engole aquele que é escuro que poderia a engolir ao invés de ser engolido.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A CHUVA



Tec tec tec tec tec, dita o som ambiente do local onde trabalho, em um dia quente em pleno inverno, tirei o tênis, dobrei a barra da calça jeans preta e grossa, abri mais um botão da camisa de manga curta e preta. Coseguia imaginar o bafo quente saindo de todos aqueles computadores da sala de desenvolvimento de softwares formando uma nuvem de calor sobre nossas cabeças. Eis que as persianas horizontais de metais se agitam em uma freqüencia elevada causando uma arruaça nas paredes, não imaginei o que seria, achei que era o mesmo vento que nada carregava, que sempre batia a nossa janela para causar descontração. Desta vez ela vinha carregada, e como. Em alguns instantes de chuva parecia que estava chovendo a dias, e ela estava tão irritada que deu um jeito com que parassemos de trabalhar, a luz piscou os computadores resetaram, eis que a escuridão nos supreende mesmo tendo avisado, um momento de paz, um momento se tec, um momento quase que como de luto, todos parados confusos quanto o que acabou de acontecer, seguindo de resmungos sobre trabalhos de uma tarde perdida em um unico instante. Tarde tudo resolvera. Fui resgatado do local de trabalho, pois estava de moto, e despreparado para aquela tarde, "a chuva que lava a alma também mata o corpo perecivel" é o que penso sobre a chuva, e era o que pensava antes de ser resgatado, o barulho da agua caindo, o cheiro de poeira humida no ar, a barra da calça humida, luzes em plena tarde, o janela cheia de gotículas de água, o vento gelado. Chuva que veio salvar nossas almas secas, nosso corpos sedentos e narizes sedentos.

domingo, 8 de junho de 2008

OS DOPADOS

Levantar e seguir mais um dia, impensado, não desejado, se quer se tocado sobre o dia que viria em diante. Isuportável obrigação a se fazer imposta pelo mundo em que vive, dormir, acordar, comer cagar, estudar trabalhar, viver e morrer.
Levanta e sobrevive a mais um dia selvagem na sociedade, pessoas indisposta a lhe acolher, dispostas a lhe explorar, estrupar sua boa vontade, sugar sua felicidade sólida. Correr das coisas que lhe perseguem, descansar ao sabor do elixir da sexta-feira.
Conversar, beber e dormir; e xingar, matar, e sorrir. Mais um dia se passa, na cidade selvagem.

Dopados até a ultima unha do pé, nos deixamos passar por nossos dedos adormecidos, a chance de viver, pois sempre adormecemos, e sempre levantamos, sempre esquecendo de antes acordar.

Vivemos nossas vidas como zumbis, que nos trombamos a rua, nos devoramos por nossos instintos, irracionais como plantas, consumimos nosso próprio lar sem nem ao menos o concertar.
Espero que um dia saibamos viver, e prosperar.

Sociedade dopada que não enxerga muito além da própria unha do pé sobre o carpete...

mas chega de papo que vou me retirar, minha cerveja que restou da sexta feira me aguarda lá na geladeira...